Use e abuse das metáforas, das histórias e da linguagem simbólica
Desperdiçar recursos fundamentais das organizações em tempos de pandemia e não saber o que fazer em termos de comunicação e marketing tem sido o prato forte dos últimos nove meses do ano. E o mais grave nisto tudo é que muitos responsáveis de algumas organizações nem sequer se apercebem desses mesmos desperdícios.
Já reparou como as histórias têm o condão de nos encantar? O que que está por detrás das metáforas que nos atrai sobejamente? Porque razão a simbologia tem um peso enorme na linguagem humana?
Estas e outras questões de relevada importância têm uma relação direta com o enunciado do primeiro parágrafo na medida em que nos permite tomar consciência do peso que a neurociência aplicada tem nos negócios e na comunicação.
Entender quais são os principais mecanismos no nosso cérebro e na nossa mente que nos leva a aceitar melhor as ideias e sugestões é vital para o sucesso das organizações. E é aqui que entram as metáforas, as histórias e a simbologia enquanto elementos cruciais para uma comunicação mais efetiva, afetiva e eficaz.
Viu que ao longo da sua vida as pessoas que lhe contavam histórias eras as pessoas de maior confiança? Um avô ou uma avó, os pais, os irmãos mais velhos, em suma, os familiares mais próximos foram sempre aqueles que lhe transmitiram mais afetos e por isso de alguma maneira estão associados na nossa mente com os elementos chave da aprendizagem e da comunicação.
Por isso, tentar transformar a comunicação insípida, neutra e formal das organizações cinzentas numa comunicação mais afetiva e emocional é fundamental para alcançar resultados de sucesso.
Urge para isso encontrar elementos que criem proximidade com os consumidores e que despertem a sua curiosidade, assim com gerar um verdadeiro cocktail emocional é a chave mestra da comunicação que seja capaz de capturar a atenção das pessoas.
As metáforas, as histórias e a linguagem simbólica desencadeiam em nós os mecanismos cerebrais da atenção e fomentam a segregação de neurotransmissores no cérebro, responsáveis pela aprendizagem e pela memória.
Por isso se torna tão importante ao marketing saber contar histórias que ajudam a vender mais e melhor, as ideias, sugestões, produtos ou serviços, transformando informações e dados em metáforas que traduzam de forma simbólica as realidades que se pretendam comunicar.
E é aqui que a comunicação se torna disruptiva e alcança o seu potencial mais elevado ao se transformar numa neurocomunicação.
Entender os pressupostos do funcionamento do cérebro e da mente humana à luz dos conhecimentos impares da neurociência aplicada aos negócios e à comunicação é a chave para aumentar a perceção de valor dos seus produtos e serviços e assim evitar o desperdício de recursos fundamentais da sua organização.
E se fosse possível mudar o paradigma de comunicação da sua organização? E se fosse possível tornar a sua comunicação mais eficaz e mais efetiva? Teria interesse nisso?
Consultor e Analista PDA Internacional - Neurocoach/Trainer - #Pain Researcher - Clinical HypnoTherapist