Porque sair da Zona de Conforto deve ser estimulado dentro das Organizações!

Porque sair da Zona de Conforto deve ser estimulado dentro das Organizações!

Quando foi a última vez que protelou uma decisão importante na sua vida, lembra-se? Como foi vivido essa situação até à tomada da decisão a que se viu obrigado(a)? Que adjetivo melhor descreve o episódio? Difícil, angustiante, horrível ou apenas preocupante?

Qualquer que tenha sido o adjetivo escolhido, o importante é compreender que isso se deve a um mecanismo existente no nosso cérebro que nos leva a evitar desperdiçar energia como salvaguarda da nossa própria sobrevivência. Evitamos o desconhecido, por MEDO das consequências, sem ter a consciência de que o "protagonista e o realizador do filme" somos nós próprios.

É comum manifestarmos inconscientemente e condicionarmos a realidade do nosso dia a dia, através dos pensamentos que vamos produzindo que, por sua vez influenciam os nossos sentimentos e acabam por fomentar comportamentos indesejados e muitas vezes prejudiciais para nós próprios e para as nossas equipas de trabalho e até mesmo nos nossos ambientes familiares.

Conhecer os mecanismos do cérebro e da mente humana que estão por detrás deste ciclo vicioso, pensamento, emoção/sentimento, comportamento torna-se fundamental a todos os profissionais e líderes.

Nunca como agora foi tão importante estar a par dos conhecimentos que a neurociência aplicada, a psicologia ou mesmo a pedagogia, entre outras novas ciências vão produzindo e partilhando os seus insights com significativa importância para o desenvolvimento pessoal e das organizações que aprendem.

Neste capítulo específico, sair da Zona de Conforto, significa prepararmo-nos para a mudança, tendo em conta o facto de sermos seres emocionais que de vez em quando racionalizamos, como refere António Damásio, Daniel Khaneman, Dan Ariely entre muitos outros renomados neurocientistas e autores de livros como o Erro de Descartes, Pensar Rápido, Pensar Devagar, Previsivelmente Irracional, que mudaram a forma como encaramos os negócios e as relações humanas por via do conhecimento do papel das emoções, dos marcadores somáticos e dos vieses cognitivos.

Estimular as equipas de trabalho a sair da sua zona de conforto ajudará as organizações a produzirem melhores resultados, aumentando o seu desempenho e estimulando ambientes e até a própria cultura organizacional.

A zona de conforto nada mais é do que comportamentos automáticos que temos por hábito realizar, ou seja, comportamentos e pensamentos que repetimos de forma exaustiva. Por isso, a zona de conforto é feita de padrões comportamentais, hábitos e de rotinas diárias automáticas, sem que necessariamente a pessoa esteja consciente do mesmo. E a consequência disso é, a incapacidade de correr riscos e que a pouco e pouco vai minando as organizações, retirando-lhe o poder de inovar e de produzir melhores resultados.

É por isso importante que, os gestores e líderes das organizações tenham uma mente aberta às novas possibilidades e por via disso à inovação, que se faz com oportunidades, tentativas e erros também. Perceber que o erro é fundamental para a evolução da espécie humana, da mesma forma como é fundamental para o desenvolvimento pessoal e das organizações é outra das oportunidades que nos é oferecida pelo conhecimento ímpar da neurcoiência aplicada aos negócios!

E por fim, para que o tempo dedicado à leitura deste artigo tenha valido a pena, deixo aqui uma última sugestão que poderá significar um valor extra e que apesar de parecer insignificante numa primeira análise, depois de refletido com a sua equipa de trabalho, permitir-lhe-á chegar a esta conclusão:

It's All About Your Brain!

Tudo reside na sua mente e como tal, ao trabalhar de dentro para fora, em si primeiro antes de partir para os outros, ao encarar a formação contínua ao longo da vida, ao conhecer verdadeiramente como o ser humano toma as suas decisões.

Importa por isso fomentar a aprendizagem das soft skills, cada vez mais, de forma a promover o que nos torna únicos, quando comparados com a Inteligência Artificial. Este é um ponto chave para a evolução das organizações, o de serem capazes de compreender o funcionamento do cérebro e mente e como desenvolver o potencial dos seus colaboradores para um novo patamar, onde o salário emocional seja mais valorizado.

E a sua Equipa, saberá onde fica o "norte"?

Heitor Fox (Neurocoach/Trainer )#Pain Researcher

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