Líderes “pés de barro”

Líderes “pés de barro”

Existem resmas deles e abundam em organizações de todos os tipos e dimensões. São "chefes" que se preocupam mais com a sua vida pessoal do que com os interesses das suas Equipas e dos seus Clientes. Em última instância, não se importam de perder alguns clientes desde que isso possa significar menos dores de cabeça para si próprio.

Esta reflexão surge a propósito de histórias que presenciei e que dão conta da incapacidade de algumas organizações em saber o que se passa no seu interior, em lidar com as suas equipas, seus talentos e com os novos desafios que surgem.

À medida que aumenta a consciência dos direitos dos consumidores em obter o melhor o melhor produto e o melhor serviço, tendo em conta o valor que desembolsam todos os meses, para pagar um serviço, aumenta também a incapacidade dos líderes "pés de barro" de elogiarem os seus Colaboradores quando o merecem e de serem capazes diagnosticar a "dor" dos seus Clientes, colocando os interesses da organização acima da sua preguiça mental e estratégica.

O curioso é que mesmo os líderes do topo, estão alheios a todos os problemas operacionais do dia a dia da sua organização, não têm consciência do que se passa na sua própria casa. 

E isto acontece porque alguma “liderança”, nomeadamente os líderes “pés de barro” não têm consciência das suas fraquezas e das suas competências e pensam que há atividades que são menores e que os "chefes" não têm tempo para atividades “menores”. 

Desenganem-se os que assim pensam. Como diz o conhecido provérbio, “a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima”.

Virá o dia em que algumas consciências iluminadas perceberão o que se passa e tomarão as devidas medidas, mas aí, poderá ser tarde demais para recuperar os melhores Colaboradores, as Equipas e os Clientes perdidos à custa da incompetência.

E através desse mesmo rasgo de consciência e lucidez perceberão que as equipas de sucesso criam fortes vínculos emocionais na sua estrutura, com os seus parceiros e com os seus clientes, o que vai contra os princípios e valores egoístas dos líderes “pés de barro” que só pensam em si, não sabem elogiar, não têm humildade e não sabem, nem querem aprender, porque isso significaria sair da sua zona de conforto.

Aprender, desaprender e reaprender são três facetas da mesma realidade que só a formação pode proporcionar às equipas ganhadoras.

O tempo é um grande mestre, tem o condão de no momento certo proporcionar os elementos necessários para a tomada de consciência:

“Liderança não é sobre títulos, cargos ou hierarquias. Trata-se de uma vida que influencia outra”
– John C. Maxwell.

E líderes "pés de barro" há muitos no mercado. Há que saber selecionar para bem recrutar, pois as organizações de sucesso perduram no tempo a aportam valor a todas as partes interessadas que as envolve, as motiva e as alimenta, tornando-as mais fortes, saudáveis e indispensáveis.

E você, sabe se a sua organização tem líderes "pés de barro"? Sabe quais são os pontos fortes e passíveis de crescimento das suas Equipas? Sabe o que perde em não fazer um verdadeiro "raio X" à sua estrutura?

Heitor Fox

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